MENSAGEM DIGITAL

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Raiva e o Perdão;




“O que sai da boca procede do coração e isso contamina o homem” (Mateus l5. l8).
Quando alguém diz: “Não tenho raiva não, mas estou muito magoado com o que fez comigo”. Saiba que a mágoa é um acúmulo de raiva contida, armazenada dentro de você corroendo sua saúde física, mental e espiritual. Ressentimentos, ira, mágoas são resíduos tóxicos da raiva guardada que interferem no metabolismo interno, pois aumentam a produção do Cortisol – um hormônio que, em níveis elevados, exerce o efeito de uma substância venenosa. Quando isso ocorre, altera de forma danosa o equilíbrio das funções orgânicas.
Podemos deduzir que a raiva e seus derivados, podem causar, não somente o homicídio por impulsionar a pessoa enraivecida a matar, como também o suicídio indireto, em que o próprio enraivecido pode ser a vítima fatal da sua raiva porque esse sentimento cria uma atmosfera de destruição.
Aquele que perdoa se purifica, desintoxicando seu próprio corpo. Perdoando você também pode reconhecer seu erro, liberta-se da culpa, experimentar a humildade, exercita a generosidade e se torna tolerante com as limitações e fraquezas dos nossos semelhantes. E quanto mais assumirmos as nossas próprias fragilidades mais conseguimos nos enxergar de uma forma inteira, assim nos tornamos mais humanos.
Disse um grande pensador: “Assim como os pulmões precisam do oxigênio, o coração necessita do perdão”.
Dentro do contexto cristão, enfocando os ensinamentos do Evangelho de Jesus, é fato indiscutível que se o nosso coração estiver cheio de ódio, a nossa mente estará maculada de pensamentos maus e negativos.
“Apaziguem sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao demônio”. (ef-4.26-27).
Quando perdoamos as ofensas estamos invalidando o nosso Ego, e isto nos torna “Um com Deus”, favorecendo possibilidades para surgir o Amor. Quando vencemos as distorções, as aflições da nossa própria mente livrando-nos da raiva, aceitando o outro com suas limitações e fragilidades, desenvolvemos a compaixão que extrapola o próprio perdão, pois o sentimento de compaixão se traduz como amor incondicional. O ódio, os acessos da ira que induzem às discussões, as contendas entre pessoas, destroem alicerces de qualquer relação humana, colocando o homem no nível da irracionalidade das feras. Perdoar não é fácil, mas é necessário, pois é a única forma de salvar qualquer relacionamento, de sarar a ferida que nos causaram.
Perdoar não é apenas uma questão religiosa, mas uma atitude de autodesenvolvimento, pois quem perdoa se liberta, propiciando sua saúde, seu equilíbrio físico, mental e espiritual, cultivando a grandeza da sua alma e contribuindo para um mundo pacificado, no qual o Amor divino – o mais lindo e verdadeiro amor na face da terra – se estende sobre a humanidade inteira, protegendo-a das guerras que causam tanta destruição no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário